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Durante o Enase 2025, realizado nesta quinta-feira, 12 de junho, o CEO da Volt Robotics, Donato da Silva Filho, destacou as principais barreiras e oportunidades que envolvem o uso da inteligência artificial (IA) nas operações energéticas. Segundo ele, embora o potencial da IA seja imenso, ainda existem entraves estruturais e culturais que precisam ser superados.

“O setor elétrico possui um mar de oportunidades para a IA. Já utilizamos para prever preços, otimizar geração, fazer gestão do risco hidrológico e até segmentar clientes. Mas ainda estamos engatinhando em muitos aspectos estruturais”, disse.

Entre os desafios, Donato destacou a dispersão de dados dentro das empresas. Segundo eles, os sistemas corporativos, criados para resolver problemas específicos de forma isolada, dificultam a integração de informações, o que compromete a construção de modelos de IA eficazes. “É um trabalho enorme reunir dados de diferentes fontes e consolidá-los numa base única e confiável para análise”, explicou.

Além disso, muitos dados relevantes estão inseridos nos processos operacionais do dia a dia, como faturamento, geração e operação de usinas, e acabam não sendo aproveitados para análises mais profundas. Donato explicou a importância de validar e qualificar esses dados antes de qualquer uso em algoritmos. “Não basta o dado existir. Ele tem que estar no formato certo, ter valor confiável e ser compatível com outros dados operacionais”.

Outro ponto sensível destacado por ele é com relação a estrutura organizacional das empresas. “A cultura ainda não está voltada para o uso estratégico dos dados e muitas vezes a qualidade da informação não é tratada como prioridade”.

Outra dificuldade relatada por ele foi com relação à segurança cibernética. “As áreas de tecnologia têm receio de abrir os dados. A preocupação com ataques e vazamentos leva à criação de sistemas isolados, mesmo em ambientes de nuvem”, observou.

Contudo, apesar dos desafios, Donato é otimista dizendo que quando apresenta o valor que os dados têm, o movimento acontece. “Mas precisa de foco. Se a gente sair aplicando IA em qualquer lugar, sem saber onde está o maior valor, o esforço se dispersa”, destacou.

Futuro

Com relação ao futuro, Donato afirmou que ele ará por uma mudança de protagonismo dentro das empresas. “Enquanto só o pessoal de TI estiver puxando isso, vai devagar. A hora que quem entende os problemas do dia a dia enxergar o valor dos dados, tudo anda muito mais rápido. É aí que está o salto”, ressaltou.

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