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A incerteza da realização do leilão de reserva de capacidade, que deveria ser realizado em junho, mas que foi adiado e ainda não tem data para acontecer, deverá trazer pressão à cadeia de equipamentos, com impacto no preço final. De acordo com Lino Cançado, CEO da Eneva, que participou de no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico,  nesta quinta-feira, 12 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), desde o último LRCAP em 2021, a inflação de equipamentos em dólar está em 40% e a indefinição dificulta a negociação.

“Não tem uma portaria, como é que vai discutir com o fornecedor? Não se consegue nem abrir uma discussão”, aponta. Quando empreendedores forem buscar a compra de equipamentos, poderá haver dificuldade. O prazo de entrega também ficaria comprometido, restando embutir no preço as penalidades por atraso ou pagamentos de taxas de urgência junto ao fabricante para agilizar a entrega.

“Quanto mais atrasa, mais pressão coloca no sistema e nos empreendedores interessados em participar, cada vez fica mais difícil entregar um empreendimento na data que é necessária”, explica.

Ainda de acordo com ele, a disputa global com outros players pelas máquinas não será fácil. Estados Unidos, Árabes e Europeus são os outros concorrentes. “A competição será grande e com agentes que tem muito dinheiro”, avisa. O executivo conta que a inflação veio por conta da guerra da Ucrânia e pelo aumento de 10% no consumo per capita nos EUA, puxado pela Inteligência Artificial e os Data Centers. No Oriente Médio, a conversão da geração a óleo em gás também impacta o mercado, enquanto a Europa, que constrói usinas próximas aos terminais GNL e tenta se desvincular da dependência do energético russo.

Para o LRCAP, a Eneva deve inscrever 1 GW de UTES existentes, cujos contratos devem expirar, além de projetos novos. A geradora poderá antecipar o contrato da UTE Parnaíba IV (45 MW), do LRCAP de 2021, devido a decisão do governo de adiantar o começo da operação de térmicas desse certame.